sábado, 4 de abril de 2009

A FICHA CAIU



Sempre fui adepto de um pensamento minúsculo. Admito: felizmente, ele se tornou minúsculo para mim há apenas algumas horas. Alegro-me por ter percebido, mesmo que depois de tanto tempo, que nunca me doei completamente à vida. Desde de moleque, sempre fiz o minimamente possível. Nada fazia pensando em longo prazo, vivia apenas para vencer uma etapa. Esquecia-me que a vida é um todo, um conjunto de etapas graduais e de pesos incongruentes.

Na escola, fui o meio-termo. “Tirar uma nota suficiente para não ficar retido é o que me basta”, pensava. Com os amigos, a mesma coisa: “O importante é não perdê-los, para isso, 50% de mim”. O esforço, vontade de dar o meu melhor, tudo esse ‘blá blá blá’, seguido pelos verdadeiros vencedores, imaginava, não fazia parte de mim. Nunca foi minha filosofia.

Os antiexemplos acima ilustram bem como eu comportava em todas áreas. Na verdade, sempre achei que tirar um 5 no colégio era aceitável e me fazia um vencedor, afinal, não precisaria ficar na temida recuperação, nos quentes ‘dezembros’, entre quatro paredes, enquanto outros estariam curtindo seu merecido descanso. Realmente, nunca fiquei, ao passo que também nunca pude me orgulhar plenamente de nenhum feito.

Duas décadas foi o tempo necessário... Hoje, quase concluindo o curso de jornalismo, estou desempregado, vejo que me tornei apenas mais um entre os tantos medianos existentes. Por isso, a cada entrevista, um novo ‘não’. “NÃO, infelizmente você não foi selecionado para a próxima etapa”. “NÃO, seu perfil não condiz com as nossas exigências no momento”.

A vida é implacável. Não admite falta de empenho, não tolera trabalhos sem coração. Vivendo tudo isso, o antes acomodado Emerson, agora começa a dizer ‘sim’. SIM - clichê à parte -, chegou a hora de recomeçar. SIM, usar os remorsos do passado para escrever um novo presente. Considero esse momento como um divisor de águas, novas linhas serão escritas. Ler mais, estudar mais, empenhar-me mais...


Trecho da Música Epitáfio- Titâs: “Devia ter amado mais, Ter chorado mais (...) Devia ter arriscado mais, E até errado mais, Ter feito o que eu queria fazer...”

sábado, 31 de janeiro de 2009

AÇÃO precede inspirAÇÃO; inspirAÇÃO, quase nunca, precede AÇÃO

Sem inspiração, deixo que a ação me encaminhe. Não que ela seja um bom guia, levando-me às glórias do mundo. Não, acho que não é dessa forma. Mas, creio, alguém precisa dar o primeiro passo. A ação, eu diria, é algo bom como ponto de partida. Entretanto, aconselho, não deixe tudo nas mãos dela, nada e nem ninguém segura o tranco sozinho. Divida tarefas, estabeleça prioridades, dê nome aos bois para haja melhor organização, ou, como está na moda no mundo de negócios, “tenha uma boa estratégia”.

Segundo ouvi da boca de um amigo (minto, na verdade, ele me disse por meio de uma simples mensagem de texto no celular), a ação consegue trazer consigo, na maioria dos casos, também a inspiração. Entretanto, a chance do inverso acontecer é quase nula.

Quer uma prova? Pois bem, quantas vezes você, nos últimos meses, deu vazão às inspirações que lhe surgiram? Diga-me, quanta coisa inovadora e original surgiu após esses seus ápices do “dom da criação”? Posso estar sendo leviano na afirmação, mas aposto que você não costuma aproveitar. Errei? Sempre elege coisas mais importantes em detrimento àquelas que poderiam virar as mais admiráveis de todas, um produto, claro, proveniente da inspiração que você poderia ter colocado em prática.

Acredito que, em menos de 10% dos casos, a inspiração foi usada e, conseqüentemente, surgiu algo palpável, algo digno de elogio, ou melhor, digno de se fazer ser visto por alguém. Peço desculpas pela estatística sem base matemática, mas precisava fazer com que você, que agora lê esse texto, caia em si. Não que você esteja completamente fora de si, não, pelo contrário, diria apenas que você deve procurar expandir seus horizontes, emergir da escuridão, dar um bom encaminhamento às idéias promissoras.

O engraçado disso tudo é que eu vou, sem muito esforço, provar que estou certo, ou quase, em tudo isso que digo. A questão é que, antes de começar a transcrever o que a minha mente elaborou até aqui, eu não tinha a tal da inspiração para fazer fluir palavras produtivas. Dispunha apenas de uma boa intenção, algo “imensamente minúsculo” diante do que já foi exposto. A ação, o ponto de partida defendido no começo, foi o que me trouxe até aqui. Então, méritos à ela. Mas, repito, não todos. Não inspire, ou, se inspirar, aja. Tome a iniciativa e todo o resto será consequência.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

MATE A EXPECTATIVA QUE EXISTE DENTRO DE VOCÊ

Expectativa : esperança baseada em supostos direitos, probabilidades ou promessas; esperança; probabilidade; expectação.







Queria poder riscar a palavra expectativa de todos os capítulos da minha vida. Tanto dos que eu já vivi, como também dos que eu ainda viverei. Sou uma pessoa ansiosa e nunca fui capaz de, ao menos uma vez, deixar de escrevê-la. Desde que eu me entendo por gente, ela, a tal da expectativa, sempre teve o poder de elevar a dor das minhas desilusões. Seja no âmbito pessoal, no profissional, no fraternal, no amoroso, enfim, em todos os possíveis e imagináveis. Sempre me encheu de esperança, mas, na mesma proporção, continuamente, trouxe-me também frustrações.
Eu sei, a vida nunca é como imaginamos, ou melhor, nunca será. Mas essa idéia - de que nada é perfeito –, creio que deveria nos vir antes que imaginássemos que um projeto seria bem sucedido ou antes que aquele plano considerado infalível caísse por terra.
Não existe momento mais cruel do que aquele posterior à decepção. E pior, gerado e abastecido após um grande acúmulo de expectativa. Nada pode ser mais desanimador, mais entristecedor. Diante do exposto, se possível, tente não apostar todas as fichas naquilo que ainda é suposto, evite ampliar uma possível mágoa. Lembre-se: ainda que nos pareça absolutamente certo, nada será exatamente da forma como imaginamos (claro, melhor ou pior, mas nunca igual).

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

PÉROLAS DO ENEM 2008 (COMENTADAS)






Em segunda mão: Pérolas do ENEM 2008. Digo “em segunda”, pois não posso roubar esse crédito, a tal da ‘em primeira mão’, da pessoa que me enviou (a minha grande amiga Jeniffer). Notem que mais uma vez a ética prevalece nessa minha pequena, mas marcante jornada no meio ‘BLOGUÍSTICO’. Claro, modestamente falando. Pode não parecer, mais eu sou uma pessoa modesta.



Bom, vamos ao que realmente interessa. Sabe, cada dia eu fico mais abismado (ou seria entorpecido?!) do quanto o brasileiro, sem generalizar, claro, é um povo criativo. A brava gente consegue, com toda essa criatividade, arrancar risos e lágrimas até mesmo do mais introspectivo mortal.


Lendo essas frases, fico me perguntando, ou tentando imaginar, o que se passa na cabecinha de cada uma dessas pessoas. Claro que o ensino no nosso país nunca foi dos melhores, sim, concordo. Mas o que vemos, não são pérolas, diria que são atentados, engraçados, isso eu não nego, contra o que há de aceitável na estratosfera terrestre. Ou, pelo perdão da hipérbole, na estratosfera interplanetária.


Em uma rápida “viajada” por cada uma dessas frases, posso classificar os autores como: poetas, músicos, ‘funkeiros’, espíritas, corporativistas, políticos, etc. Mas nunca, eu disse NUNCA, como futuros vestibulandos.

VEJAM AS FRASES E TAMBÉM OS COMENTÁRIOS TECIDOS POR MIM:

01) "o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta."


Comentário: Legal, não sabia que a Amazônia era conhecida mundialmente como uma boa percursionista. E melhor, não sabia que as ONGs se interessavam por música. Será que essas ONGs se interessam por todos os ritmos?




02) "A amazônia é explorada de forma piedosa."


Comentário: De “forma piedosa”. vocês ouviram, né?! Então não há nenhum problema. Piedosamente falando, não vejo nada de errado nisso. Deixem que explorem...



03) "Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar o planeta."


Comentário: Que lindo. É isso aí, nada como a união. Vamos dar as mãos e o planeta estará a salvo. Nunca um gesto foi tão decisivo na resolução de um problema.



04) "A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu."


Comentário: Que coisa feia hein. O homem não pode ver nada “parado” que já vem e “créu”. Acho que a solução é movimentarmos um pouco essa floresta, o que vocês acham?




05) "Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a
floresta."


Comentário: Isso é até música para os meus ouvidos: “...destruir os destruidores por que o destruimento...”. Se eu fizesse psicologia, com certeza diria que esse cara sofre de alguma anomalia “destrutiva que destrói” o seu já escasso “tico e teco”.



06) "O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação."


Comentário: Uma coisa nós não podemos negar, o autor dessa frase curte uma hipérbole, gosta de impactar. Mas eu acho que dessa vez ele “exagerou”, literalmente.



07) "Espero que o desmatamento seja instinto."
Comentário: Muito bem pensado. Raciocinem com ele: se o desmatamento for extinto, os animais que lá vivem não serão. Pena que ele usou “instinto”. Meu amigo, com esse seu “instinto” você não vai muito longe.



08) "A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo."


Comentário: Esse aí é o espírita que eu citei na introdução. Ele quer ressuscitar os animaizinhos, que ato nobre.


"A floresta está cheia de animais já extintos...” – Pergunto: Como pode estar cheia de algo que não existe?


O melhor mesmo foi o “..respirando um ar mais limpo.". Não sabia que o ar na floresta já estava impróprio.



09) "A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta."


Comentário: Esse é o poeta. Notem o jeito moleque de brincar com as palavras. Se levarmos ao pé-da-letra, no frio, basta ficarmos emocionados e já conseguiremos aquecer o nosso próximo. Se formos analisar mais ao pé-da-letra ainda, notaremos que, apesar de poluírem, os poluentes também têm sentimentos. Que profundo, eles também ficam emocionados.


10) "Tem empresas que contribui para a realização de árvores
renováveis."


Comentário: Quantas empresas são necessárias para realizarem uma árvore? Só o autor saberá explicar. Recuso-me a pensar e imaginar.



11) "Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas."


Comentário: Nossas autoridades deviam se atentar a essa crueldade. Ficar sem “dormida” realmente é muito sério. Eu sugiro a criação de um albergue para esses pobres animais.



12) "Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna."


Comentário: Realmente, nenhum tratamento de beleza (ou rejuvenescedor) substitui o oxigênio. É quase um biólogo.



13) "Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza."


Comentário: Pessoal, já sei: a solução é plantarmos muitas árvores artificiais para, assim, confundirmos os tão temidos “desmatadores”.



14) "A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica."


Comentário: Se a vida ecológica é a principal vítima. Então, quem são as vítimas secundárias?

15) "A amazônia tem valor ambiental ilastimável."


Comentário: Tenho que confessar, às vezes eu semeio um sentimento feio no meu coraçãozinho. Nesse momento, por exemplo, que inveja. Realmente é uma lástima que tantas pessoas tenham esse talento, e eu não. “ilastimável” é a palavra certa para descrever esse meu sentimento.



16) "Explorar sem atingir árvores sedentárias."
Comentário: O sedentarismo realmente é algo sério hoje em dia, uma praga. Não sabia que ele já estava atingido até mesmo as árvores da Amazônia. Por que será que essas árvores se tornaram sedentárias? Seria, talvez, por que elas ficam muito estáticas?



17) "Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela
amazônia."


Comentário: Ah, claro. Os estrangeiros sempre fazem suas necessidades na nossa floresta.



18) "Paremos e reflitemos."


Comentário: Ok, paremos e “reflitemos”. E o que vem depois?



19) "A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não
autorizadas. "


Comentário: Se for esse o problema, que tal autorizarmos todos esses indivíduos? Pelo menos uma parte do problema já estará resolvida.



20) "Retirada claudestina de árvores."


Comentário: Quem diabos é essa claudestina? Pior, antes de encontramos essa moça, vamos atrás dos pais, que deram esse nome tão incomum à garota.



21) "Temos que criar leis legais contra isso."


Comentário: Nossa, ótima idéia! Afinal, temos muitas leis ilegais por aí.



22) "A camada de ozonel."


Comentário: Esse tal de “ozonel” deve ser muito rico. Hoje em dia, ter uma camada inteira não é para qualquer um.



23) "a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor."


Comentário: Acho que eu vou para a Amazônia, devastá-la. Creio que eu posso, certo?! Afinal, sempre tento ter um ótimo senso de humor. Nem sempre consigo, mas tento.



24) "A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração."


Comentário: Isso me lembra parte um verso: “Lavemos as mãos e derrubemos as árvores”. Ou: “eu lavo minhas mãos diante da derrubada dessas árvores”.



25) "A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável."


Comentário: Enquanto o outro gostava da hipérbole, esse gosta da gradação (ou clímax). Mas aposto que foi sem querer. Ou melhor, já sei, isso aí é pura inspiração. É algo que vem de dentro do artista, sem controle. Que belo, que poético. Não mãos de um ótimo ator, isso aí daria uma ótima interpretação.



26) "Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação. "


Comentário: Mais um pouquinho e já pode ser considerada uma ativista do greenpeace.



27) "Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises."


Comentário: Mostrando que sabe empregar bem o plural. Meu priminho do pré-fundamental também sabe, mas não com tanto empenho.

28) "A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos
governantes. "


Comentário: Olha só, a natureza realmente é “mil e uma utilidades”. Além da responsabilidade com o ecossistema, que todos nós já conhecemos, ainda tem tempo para ficar sendo como uma espécie de auditoria para os nossos governantes.



29) "O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório."


Comentário: Ouvir dizer que a taxa de desemprego lá no norte do nosso país é altíssimo. Está aí uma ótima alternativa de emprego. As pessoas bem que poderiam servir de bote para os turistas, claro, em troca de uma boa remuneração.



30) "O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando."


Comentário: Ufa, pensei que poderia ser pior. Poderia ter dito: O aumento da temperatura na terra está cada vez mais “abaixando”. Estaria se contradizendo. Sorte que foi apenas um “redundânciazinha”, quase que imperceptível. Afinal, quem não usa pleonasmo hoje em dia que atire a primeira pedra.



31) "Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc."


Comentário: Euréca. Prêmio Nobel para o autor dessa frase. Desde a pólvora, jamais se viu tal descoberta. E melhor: será que ele acha mesmo que existe urso na floresta amazônica?



32) "Convivemos com a merchendagem e a politicagem. "


Comentário: Só um minuto, vou procurar no dicionário: “Merchendagem, merchendagem, merchendagem, merchendagem (um dia depois), merchendagem, merchendagem, merchendagem, merchendagem”. Nada ainda. Outra hora eu procuro, vou passar para a próxima frase.



33) "Na cama dos deputados foram votadas muitas leis."
Comentário: Inclusive as leis de incentivo à taxa de natalidade. Na cama, claro, não imagino lei diferente.



34) "Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta
amazonia."


Comentário: Essa vai ganhar o OSCAR de melhores efeitos especiais. Quanta pirotecnia para uma única pessoa: “dismatamentos... inlegalidade... distruição... froresta amazônia”. Foi tão original, ninguém nunca usou tal jogo de palavras. Diria que foi envolvente.



35) "O que vamos deixar para nossos antecedentes? "


Comentário: Eles ainda estão vivos?



36) "A fiscalisação tem que ser preservativa. "


Comentário: Unindo o útil ao agradável. Além de fiscalizar, ainda quer que preserve. Será que o autor dessa frase que ver tudo isso em um órgão brasileiro?


37) "Não podem explorar a Amazônia de maneira tão devassaladora."


Comentário: Ser devasso a essa altura realmente é um crime. Estou contigo e não abro. Preservemos a Amazônia.




Vocês puderam ver que nem tudo está perdido. Apesar de pérolas, não deixam de ser cabecinhas pensantes. Pena mesmo é o fato de gastarem suas energias para coisas engraçadas aos olhos alheios. Apesar das brincadeiras, devemos considerar que, a ignorância, no sentido mais literal da palavra, permeia grande parte do nosso país.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

PORMENORES DE UM DIA DE BALADA


Produção, Câmera e Ação

O ponteiro do relógio custa fazer seu trabalho. Os mais ansiosos dizem que ele executa um ‘trabalho porco’. Oras, como pode agora demorar tanto, se, quando chega os bons momentos, gosta de, como dizem os populares, voar? Essa é a pergunta que todos nós nos fazemos durante a vida. Se alguém encontrar a explicação, por favor, não se esqueça de me dizer, adoraria saber por que o tempo é tão “sado masoquista” com as nossas pobres almas. De qualquer forma, vamos esquecer essas ‘injustiças injustificáveis’, e passar à parte prática da história. Enfim o ponteiro chegou ao ‘terceiro terço’ do dia, em outras palavras, às 18h. A partir de então, começa-se uma ‘inquietação inquietante’.

Iniciam-se os preparativos para a noite que está por vir. Enquanto as mulheres começam a pensar em qual das 30 opções (escolhidas previamente) de roupas vão usar, os homens imaginam quantas cervejas e mulheres (presentes em seu DNA) podem ‘saciar sua insaciável’ vontade. Obviamente, em ambos os casos, há exceções, raríssimas, diga-se de passagem.

A alma feminina consegue a façanha de não saber a roupa que será usada até poucos minutos antes de sair. No fim, escolhe a até então mais improvável de todas. Improvável principalmente para si própria. Após estarem prontas, sempre procuram o primeiro indivíduo do sexo oposto para dar, digamos, uma analisada no “visu”. A resposta, independente do marmanjo consultado, será quase sempre a mesma: “tirando essa espinha nova no seu nariz, não vejo nada de diferente, amor”.

Os homens também seguem o procedimento padrão, ou seja, nenhum. Colocam a primeira roupa que veem pela frente e passam um desodorante ‘rolon’. Essa sacada do desodorante será entendida apenas no fim da balada, momento em que os odores, provenientes do calor provocado pela ‘muvuca’, fizerem-se presentes. As feias darão graças a Deus. Na melhor das hipóteses, não sofrerão tanto com o odor. É preciso lembrar que elas só conseguem o tão disputado “ficante” após as 3h da madrugada, perído em que as muitas cervejas já tiraram 90% da percepção visual masculina.



Pessoas

Independente do lugar, sempre haverá uma miscigenação de pessoas. Na "night" (termo popular utilizado por todas as classes), você encontrará de tudo um pouco: lindas se fazendo de difíceis (até o primeiro copo de vodka), feios achando que têm o direito de sair de casa (afinal, o que eles podem agregar à balada? Diria que nada, só estão lá mesmo para marcar uma presença. Não pegam “niinguéns”), “piriguetes” (ah, essas são a felicidade da galera, sem elas não haveriam as famosas apostas masculinas: “de quem ‘pega’ mais”), don juans (adoram passar suas cantadas em série e de acordo distância, ou seja, na menina que estiver mais próxima), bibas (se não é balada GLS, apenas se soltam e mostram seu verdadeiro “eu” nas dancinhas suspeitas), cavalheiros com prazo de validade (3 minutos de duração, isto é, até conseguirem o primeiro beijo), etc. Eu poderia ficar anos e anos escrevendo e mesmo assim não conseguiria colocar no papel todos os naipes.

O INÍCIO DO PRINCÍPIO (POR QUE SERÁ QUE OS ACENTOS SÃO NO MEIO, AFINAL, NÃO SÃO O "INÍCIO" E O "PRINCÍPIO"?)


Bom, desculpe se o título confundiu vocês de alguma forma, esse não era o meu intuito. Na verdade, não sei nem o que fazer como primeiro post para este blog. Confesso estar meio perdido. Tenho muito medo de escrever coisas erradas. Burro, fui criar um blog logo depois da aprovação da nova reforma ortográfica. Vai que o cometo gafes linguísticas (pelo menos o trema eu já extingui, menos mal). Ah, como dizia uma prima distante: "vou me permitir um pouco". Sem criatividade, o post de hoje fica por aqui...